sábado, 22 de maio de 2010

Escrito na cara

Nordestino
Foto: Stefano S. Martini



Os sulcos na face
em desarmonia
indicam o caminho
do rio que secou.

A cara amassada
reflete o poema
escrito na lida
impresso na dor.

Aplausos, poeta!
sua obra de arte
merece destaque
de grande escritor.

Estampada nos livros
das caras passadas
faria chover
no rio que secou?

Lou Vilela



* Texto reeditado.
.

6 comentários:

ana. disse...

Certeza que faria.
Certeza.

Anônimo disse...

Lou, vc é bem desses também que escrevem e fazem chover em plena seca. Que poemas maravilhosos! Adoro suas publicações e republicações, rs, é bom que não deixamos de ver nada seu que ficou para trás, pois toda sua escrita brilha!

Beijo, poetisa!

Sueli Maia (Mai) disse...

Perfeito!
Um retrato calado, falado com as mais belas palavras.

bjo

Unknown disse...

Impressões digitais e faciais, recortado em versos. cheiro

Jorge Pimenta disse...

não duvido que sim, lou, não duvido... só te o ler, já sinto a humidade nos ossos...
um beijinho!

Anônimo disse...

Parabéns Lou! Belo texto!!!
Serei a partir de agora, um seguidor
desse belo blog.
Um abraço de, Jadson.