quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Canto de guerra

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Quando a saudade aperta
o remédio é chorar
o peito fica mais leve
a alma põe-se a entoar
o canto dos guerreiros feridos
de uma história secular

Então, se achegue saudade
meus olhos já estão a chorar
faça de mim sua morada
pra minh’alma bradar
o canto dos guerreiros feridos
de uma história secular

Sou da linhagem dessa tribo
um dia, serei relembrada
quando outra alma entoar
na saudade que lhe aperta
o canto dos guerreiros feridos
de uma história secular

Lou Vilela
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3 comentários:

Anônimo disse...

...a saudade
é uma filha da memória
essa que diz que eu sou eu
e voce é voce
e que estamos inter(ligados)
se expressa pela falta
mas no fundo nos completa
pela ponte emocional
que repara todo mau
e re(faz) nosso contato
pela ânsia do abraço
faz a gente verter água
pelos olhos pela pele
pela fome do encosto
de sentir de novo o gosto
de andar por essas linhas
que definem em mim seu rosto
e nos diz que vale a pena
caminhar nesse espaço
e sentir que todo tempo
reconstroi secretamente
o retorno lá na frente...

sua nudez poética veste
o balaio, bj

Marcelo Novaes disse...

Oi, Lou!


Esse poema é uma marcha. Ouço os pés baterem no chão nu, marcando compasso.


Beijos, minha amiga!



Marcelo.

Lou Vilela disse...

Sinto-me lisonjeada, Guru. Obrigada pela visita! Um abraço.

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Deixe-os, então, seguirem o compasso, Marcelo. :) Abçs