sábado, 20 de dezembro de 2008

Implosão

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A capa de verniz esconde o assombro:
silêncio! – diz a placa.
A lágrima que não verte sufoca,
o grito-mudo ecoa e a fortaleza implode.
O sorriso insosso tempera a carne em brasa.
Os outros são apenas os outros;
previsível!
Trinca o elo invisível.
O eu, em pé, treme.
E o tempo passa...


Lou Vilela

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5 comentários:

Adrianna Coelho disse...


este explode
significados!

Lou Vilela disse...

Cada um arrematando os versos com o seu olhar! Gosto disso! :)

Marcelo Novaes disse...

Lou,


Essa música em "stacatto" é que se destaca nessa implosão em dicção quase-sagrada. Em literatura, a música é soberana. Ouvi ventos badalando sinos, para além [ e dentro!] dos implodidos olhares humanos. Esse [poema] fez soar os sinos...





Beijos,





Marcelo.

Cosmunicando disse...

fantástico Lou... gostei demais!
bjos

rua do mundo disse...

lindo menelna
você tá bem?
beijos