segunda-feira, 10 de maio de 2010

Apenas, uma pena

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pena
meu povo pena
na chuva escassa
lágrimas cascatas
brotos murchos de
verde esperança

pena
em minhas mãos
apenas, uma pena
ausência de pés no chão
e calos de enxada


Lou Vilela



Vídeo: Poema de Joao Cabral de Melo Neto, musicado por Chico Buarque.


* Poema republicado.

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7 comentários:

Hercília Fernandes disse...

Belo Lou.

Apesar das [más] ações humanas e reações da natureza, você transborda lágrimas de beleza.

Forte abraço,

H.F.

rua do mundo disse...

oieeeeeeeeeee
vou querer depois pra blogosfera
lá temática social, tá?
abri uma rede de arte digital e poesia visual, se vc quiser vir, sabe que será sp bem vinda, menelna
se topar mande-me seu e-mail pela poetica
ósculos for you
tô querendo levar o moacyr, já convidei-o e se vc conhecer alguém que faça arte digital e poesia visual indique tá?

Unknown disse...

Josué de Castro dizia que a fome, a miséria são projetos políticos, e dão muito lucro aos poderosos. cheiro

Anônimo disse...

lou...

muito tempo sem vir a tua casa!

sou fascinado pelos seu poemas denúncia!

bjo!

Anônimo disse...

ah! a música!
é do morte e vida severina?

Jorge Pimenta disse...

este teu poema reenvia para um tipo de imagética muito caro a autores portugueses conotados com as lutas políticas em portugal pré-25 de abril´: um sérgio godinho, zeca afonso, paulo de carvalho, entre outros.
na literatura, recupera as temáticas neo-realistas que assumem, como arautos, em portugal, fernando namora, manuel da fonseca e soeiro pereira gomes.
a minha leitura? actual ontem, hoje e sempre. registo ainda como é possível fazer intervenção ao colo da delicadeza e da beleza!
um beijo!

Lou Vilela disse...

Olá, meus queridos!

Na medida do possível, tenho procurado responder aos comentários por e-mail, só que alguns endereços aparecem com a expressão "noreplay" (Jorge, o seu é um destes. Não sei se as respostas estão chegando até você).

Agradeço a todos pela leitura atenta, bem como pelos ricos comentários.

Um grande abraço,
Lou