sexta-feira, 4 de junho de 2010

Colheita

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Mary Magdalene in the Grotto by Jules-Joseph Lefebvre - 1876.




Abraça-lhe o orvalho
em carícias úmidas

Enquanto há tempo
[a terra ainda é fértil]
semeia flores
[pau sa das dores]
num jardim de lágrimas


Lou Vilela



* Originalmente publicado em abril/09.


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13 comentários:

Unknown disse...

Lindo demais, Lou!

A começar pelo óleo em tela de Lefebvre![muito bom gosto]

O pqueno poema, é uma jóia!
Fala! O leitor, sentir-se á abraçado pelo orvalho. Como "a terra ainda é fértil, corrigo para as leitoras.

Dores em pausa e um jardim de lágrimas!

Belíssimo!

Parabéns, amiga!

Beijos

Mirse

Fátima Campilho disse...

Aprecio seus minipoemas, Lou.
Admiro sua percepção aguçada.
Você sabe fazer "pedra dar flor"
Abraços.

Moacy Cirne disse...

Lou,

há um poema seu no Balaio de hoje.

Abraços.

Adriana Godoy disse...

Bela imagem que combina com seus belos versos. Bj

Marisete Zanon disse...

Vi e li apenas a primeira página, mas é um dos blogs mais lindos que já visitei. Lindo pelo visual e lindo pelo poder das palavras. Tbm sou poeta. Artista plástica e já recebi o prêmio nacional Helena Kolody e alguns outros. Vejo que no Brasil temos tantas pérolas que nem imaginamos que exista! E por um passeio distraído, encontro uma nascente a brotar para saciar-me a sede de belas palavras...
Lindo! Aparece nos meus blogs. Vou te presentear com um selinho!!! Podes ir lá buscar. Esmakes e bom findi!!!
http://entratomaumcafe.blogspot.com
http://estranhoseanormais.blogspot.com

lupuscanissignatus disse...

do húmus

da pele

brota

o desejo

Anônimo disse...

Olá! Agora é minha vez de aparecer pra agradecer...Fiquei muito feliz com sua visita. Aparece sempre... vc notou que café lá é o que não falta!!! E por acaso...vc conhece Raul Córdula que mora em Olinda? ele faz parte da associação de críticos de artes em Sampa. Ele é artista plástico. Amei Olinda e Recife, dependesse de mim, nunca mais eu teria ido embora!!! Bjos Pegou o selinho? É simples, mas é de coração pelas tuas belas palavras.

Graça Pires disse...

A sensualidade. Enquanto é tempo...
Gostei muito do poema. Beijos.

danilo disse...

lou, sempre eé tempo de semear - a terra, mesmo que infértil, num primeiro momento, produzirá frutos, sendo tratada- semear amor, flores, sementes- e colher frutos do ventre( as dores incluidas no pacote).
Lindo poema- me lembra vivaldi e as estações.
abraços
danilo.

Carol disse...

Lindo!

Jorge Pimenta disse...

onde começa a realidade e acaba metáfora? onde começa o corpo e acaba a flor? onde começa o poeta e acaba o poema?
belíssimo, lou!
um beijo!

AC disse...

Vim aqui pela primeira vez e gostei muito. Voltarei.

Anônimo disse...

Fiquei aqui lendo e relendo, imaginando carícias úmidas, jardins de lágrimas... nossa, como esse poema faz sentido, toca tanto...

Beijo, poetisa!