quarta-feira, 10 de junho de 2009

Passarinho

.

nas árvores

a presença dos pássaros

e de seus imbricados ninhos


na rua

a moça que passa

sua náusea matinal

e sua carteira redentora


de desencanto

sequer percebe o burburinho

já não gorjeia

esqueceu que também

é passarinho



Lou Vilela


.

14 comentários:

Hercília Fernandes disse...

Belo, Lou.

Às vezes, também me esqueco que passarinho...

Beijos, minha cara.
H.F.

Úrsula Avner disse...

Quanta delicadeza em sua escrita poética Lou e esta imagem se encaixou de forma perfeita ao poema - pássaros que desenham o rosto da mulher... Belo ! Bjs.

Unknown disse...

Lindo, Lou!

Mania de seus poemas....

Somos todos passarinhos, com ou sem carteira redentora!

Belos versos.

Beijos

Mirse

Marina G. disse...

Que lindo, tanto texto quanto imagem. Voltarei. Abçs.

Dani Mattos disse...

Estou com um ninho de pássamos na minha caixa de ar condicionado!
Estreiando aqui no seu Blog, meus parabéns pelas belas colocações e poesias!

BAR DO BARDO disse...

concordo, lou!
boa lembrnça, mulher-pássaro!

- pimenta

nina rizzi disse...

"eles passarão
eu passarinho"

"eu te amo como se ama um passarinho morto"

uma revoada. belo poema, lou.

beijo :)

Lou Vilela disse...

HF,

São tantos os fatores... No poema, apenas algumas possibilidades.

Um cheiro!

Lou Vilela disse...

Úrsula,

Não é tarefa hercúlea suscitar delicadeza quando o eu-lirico versa entre mulheres e pássaros. :)

Abraços!

Lou Vilela disse...

Sim, Mirse, sem dúvida, somos! Mudou ou não...

Bjão

Lou Vilela disse...

Bem vinda, Marina. Sinta-se à vontade... a casa é nossa! :)

Abraços!

Lou Vilela disse...

Dani, querida amiga, fico feliz que tenha gostado. Adorei receber a sua visita!

Beijos

Lou Vilela disse...

Henrique,

Obrigada pela visita, meu caro!

Abraços!

Lou Vilela disse...

Nina,

Sejamos, pois, passarinhos... :)

Bjkas