quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Esfinge

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de dentro de um enigma
saem serpentes e ratos
velhos sapatos
olhos vesgos
beco fétido
de bocas escancaradas
decifradas nos escombros.

Lou Vilela

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10 comentários:

nina rizzi disse...

que importa [...} toda paisagem, o que eu vejo é o beco... já dizia Ele.

muito bom, lou.
beijo.

Adriana Godoy disse...

linda e desoladora imagem e belo poema. beijo.

Unknown disse...

Embora não saiba do enigma, a imagem poética sempre é válida.

Aconstrução, bela como sempre!

Perfeito!

Parabéns, Lou

Beijos

Mirse

Casa disse...

Lou,

não sei porque não passei aqui antes. Acho q é porque aparece um personagem anônimo nos seguidores.
Perdi meu tempo.
Muito boa sua lírica.

Úrsula Avner disse...

Oi Lou, belas metáforas, belo poema. Bj.

Wilson Torres Nanini disse...

Um poema direto, como um soco na boca do estômago. Um auto-soco de quem vive em automuro, de forma impassível. Abraços.

Graça Pires disse...

Das bocas escancaradas só pode sair a desolação que nos cerca...
Muito bom, Lou.
Um beijo.

Lou Vilela disse...

Meus caros,

Obrigada pela leitura e gentis comentários.

Casa e Wilson Nanini,

Sejam bem vindos ao Nudez Poética!

Abraços a todos,
Lou

Anônimo disse...

Lou, este teu poema é retrato remexido, lápis e pincel... desenha, pinta, fotografa e retira toda a tinta espremida do caos, de onde a poesia flui.

Parabéns.

Lou Vilela disse...

Katyuscia,

Seu comentário me lembrou algo que escrevi:

Imortal

Corta, perfura, remenda...
Da emoção, nasce o poema
No caos, morre o poeta.
Fim do primeiro ato!

Corta, perfura, remenda...
A cada poema,
Renasce do caos, o poeta.
Fim do segundo ato!

Corta, perfura, remenda...
Imortal é o poema,
A alma do poeta
Fim do espetáculo!

Abraços, minha cara.

Lou