.
Aquele bloco carnavalesco
bem se adequa às minhas fantasias
[pomposas fantasias]
brilhos, lantejoulas, paetês
um bastidor sacrificado
muito suor de ofício
nada remunerado
moto-contínuo paixão.
Instantes de glória, eu sei
pés pelas ruas da cidade
gente aplaudindo, dançando
risos de material reciclado
púrpuro desespero remendado.
Aquele bloco sou eu
estandarte em punho
humildemente perfeita
em meu apogeu
sobriamente desfeita
quando a realidade bafeja.
Lou Vilela
18 comentários:
Lou,
e a realidade bafeja muito forte, quando tiramos a fantasia. O verdadeiro sopro do dragão.
Alice perguntaria: o sambódramo é muito curto ou a escola de samba se move rápido demais?
beijos.
Belíssimo poema, Lou.
Ando em falta para com os comments de seus escritos, embora não tenha deixado de espiá-los.
Uma bela safra de poemas aqui se bebe, minha cara. Seus instantes de glória se eternizarão em versos.
Parabéns por tão rica obra!
Beijos :)
H.F.
ei lou, coisa linda este poema, tão integrado em ti...
beijos
Maravilhosos, Lou!
Um desfile estasiante e lírico!
Beijos
Mirse
Supimpa. A festa da carne ao preço das virtudes da alma.
Beijo, Lou!
Deste resplandecer efêmero são feitas as fantasias.
Que o resto do ano seja o tempo para refazê-las!
...é isso aí!!
a fantasia
na realidade
é muito melhor...
bj
belo poema, belo blog.
Gostei daqui.
Maurizio
Bem dito.
É difícil manter o bloco na rua, por vezes.
Beijos,
Marcelo.
Casa,
Gosto do aroma filosófico que paira durante as suas visitas.
Abraços
Hercília,
Obrigada! e não se preocupe, pois também ando pecando nesse quesito.
Beijos
Ei Laerth,
Ando com saudades de ler as suas belezuras.
Bjs
Mirse,
Os desfiles me encantam! ;)
Bjs
Pois é, Henrique... tudo tem um preço! ;)
Bjs
Katyuscia,
O urdume está disposto...
Beijos
Valeu, Guru!
Bjs
Maurizio,
Fico feliz que tenha gostado!
Abraços
Postar um comentário