quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nau da vergonha


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Escravos em um porão de embarcação



Aquele cheiro
[misto de suor e fezes]
me enjoava.
Os grilhões rangiam

ensurdecedores.
Precisava de amanhecer
sacudir em ondas e ser devorado.
Gritar, enfim, liberdade...
Liberdade!


Lou Vilela

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11 comentários:

Ana Peluso disse...

Gostei muito dos poemas, estou te linkando.
beijo!

Úrsula Avner disse...

Oi Lou , singelo e bonito poema que expressa um grito de liberdade e de aversão ao preconceito, ao racismo, à vilolência que "coisifica" o ser humano e o despersonaliza. Obrigada pelo carinho. Bj.

Anônimo disse...

E nesta Nau nações inteiras desviavam seus destinos, ancorados em suas rotas não-guiadas.

As páginas desta História flutuam até hoje em alto-mar... o vento conta, a maré vomita, e no negrume da noite a lua pousa uma repulsa, um lamento.

E para além do Castro Alves, que teu poema me faz lembrar, impossível não registrar, da Cecília Meireles, este estandarte:

"Liberdade
Essa palavra que o sonho humano alimenta
Que não há ninguém que explique
E ninguém que não entenda."

Beijos.

ADRIANO NUNES disse...

Lou,


Lindo! Tenso!


Abração,
Adriano Nunes.

Marcelo Novaes disse...

Escapatória-sem-escapatória.



Beijos, Lou.





Marcelo.

Lou Vilela disse...

Obrigada, Ana! Seja bem vinda!

Beijos

Lou Vilela disse...

Agradeço a leitura e o gentil comentário, Úrsula!

Beijos

Lou Vilela disse...

Katyuscia,

Rico comentário! Obrigada pela leitura atenta!

Abraços

Lou Vilela disse...

Adriano,

Muito bom vê-lo por estas bandas.

Beijos

Lou Vilela disse...

Bem observado, Marcelo!

Beijos

Adinalzir disse...

Adorei os poemas! Massa! Visite também o meu blog.

Abraços, :-)