quinta-feira, 28 de maio de 2009

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Cerceada



Tracei rotas de fuga

para cálidas ausências

de pele eriçada


Caminhos bifurcados

de almas livres em dias pardos

de pardas almas sem liberdade


Fulgurarei entre cantos

apesar de pálidos instantes

vestindo azul-prateado


Sabê-lo pântano

me fez flor de lótus



Lou Vilela

28/05/09


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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Diário de uma notívaga

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A noite despiu-se
len ta mente...
vulgar e despudorada.

Diante da minha impotência
adormeci desconhecida
de seus mistérios...

[quiçá para não me perder]



Lou Vilela

Recife, 27/05/09



* Este poema foi publicado no Teorema da Feira. Para mim, uma honra! Obrigada, Lívio!

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sábado, 23 de maio de 2009

Em foco


Pelas janelas
a deusa de ébano
os instiga:

silentes
ágeis fantasmas
flutuam em cinzas

tão sós, tão luas, tão nós...

Lou Vilela
23/05/09



* Este poema foi publicado no Balaio Porreta nº 2685, de 07/06/09.
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sábado, 9 de maio de 2009

Louco

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To weigh, Frederic Gaillard



O marulhar da poesia
invade vãos secretos:

um anjo torto
- louco(?) -
copula, excita
seus “ais”,

goza nas pernas
trêmulas das horas
ilusões fanadas,

apesar de.

Lou Vilela
09/05/09

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