quarta-feira, 26 de maio de 2010

Escalas e estações

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a escala(da) poética
consome estações

primaveras de cruzar caminhos
verões de calores desnudados
outonos despetalados
invernos a só(i)s congelados

nada mais nada menos
quer portas abertas
de invadir frias pernas
aquecê-las para saltos abissais

a poesia em dó
tem feito estragos
estômago às avessas
após náusea
pedaços pelo caminho
restos de comida indigesta


Lou Vilela



* Caí no Balaio Porreta de hoje, 22/02/10. Quem ainda não conhece o espaço do mestre Moacy, é só clicar aqui

** Texto republicado.


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5 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

de invadir frias pernas
aquecê-las para saltos abissais


e prenhez de falo emocional...

Figuras bem pouco convencionais, fortes e usadas em precisa medida, escala[da] poética invulgar...

Espiando cá... Bjaum, Lu!

Moacy Cirne disse...

nada mais nada menos
poesia, simplesmente

/ abraços /

Evandro L. Mezadri disse...

Bela poesia novamente Lou, estou me tornando fã.
Grande abraço e sucesso!

Unknown disse...

Concordo com o mestre Moacy. Abraço.

Unknown disse...

continuo concordando, cheiro