>> NUDEZ POÉTICA <<: Início e fim

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Início e fim

no fim, lembro-me:
inícios me [co]movem.
aí, tudo faz sentido!

Lou Vilela

* Caiu no Balaio Porreta em 22/02/10.

6 comentários:

BAR DO BARDO disse...: sim... tidos...; fevereiro 20, 2010 10:35 AM
Wania disse...: Lou

Se faz sentido, valeu do início ao fim!

Gostei muito do "pequeno".

Bjs; fevereiro 20, 2010 2:28 PM
b disse...: Mover com.
Concisamente. Bom!; fevereiro 20, 2010 6:08 PM
Anônimo disse...: ...e dão friozinhos na barriga!

Beijos, Lou!; fevereiro 21, 2010 2:15 AM
Unknown disse...: precisão total. abraço; fevereiro 21, 2010 9:42 AM
Evandro L. Mezadri disse...: Belas palavras Lou, bem reflexivas.
Grande abraço e sucesso!; fevereiro 21, 2010 12:48 PM

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um poema para todas as costelas de Adão

eu amo a poesia de Adri Aleixo

a Nydia Bonetti me inebria
Líria Porto é pra mim epifania
a Daniela Delias me arrepia
Hercília Fernandes é lira que irradia
a Nina Rizzi alucina meus dias
Flor de Sal me é doce feito ambrosia
a Lara e a Roberta vicejam em maestria
Karinne, Cris e Joelma são iguarias
TaniaContreiras e Susana pura refinaria
minha reverência a Lou e Adriane Garcia
Zélia, Gláucia e Carmen ourivesaria
Elke, Martha e Carla sinfonia
Rosana, Anne e Laryssa profilaxia
Eleonora e Clarissa rainhas em soberania
Valéria e Iracema
Ana Dantas, Ana Lucia
Priscila, Úrsula e Márcia
e Lidi e Adriana Godoy e Silvana
minhas musas da carpintaria

assis freitas

E atravessa o livro discretamente

Para Lou Vilela,
com amizade e admiração

Quem imaginaria
a viagem, a viagem oculta que discretamente
o livro
o livro reescrito dentro do livro, atravessa
adentro, nas palavras
renascidas em eclipse
como relíquias, do homem
no homem que resta cansado, em ruínas
no sobejo dum astro que não pretendia acontecer
uma vez mais, esta manhã,
nesta manhã de cinzas
acontecida pela combinação do homem
recomposto no retrato, nas linhas que descreveram
o principio, arco, horizonte
do que no mundo se escreveu
como retrato do escritor.

Já que é a própria vida,
quem imaginaria
a viagem,
a terra como argila do poema
a pedra solta que se espalha pela folha,
discretamente,
como quem chama ao dia
aos seus muitos instrumentos, astrolábios
artefactos do corpo que já não se recorda,
não se acalma, nem se amotina
mas acorda, e se prediz
na plena linha do horizonte que todos os dias se refaz,
discretamente.

E de repente a música pára,
E num impulso, numa falha, num pássaro imprevisto
quem imaginaria que da combinação do homem
aconteceu um dia mais,
assim, tão de repente?

Leonardo B