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Violeiro, estou de passagem.
Trago a dor imbricada à saudade;
Um traçado de versos, uma lente;
Um punhado de terra, um repente.
Trago lembranças de lume:
Um torpor que inunda o peito;
Motes que me lançam sujeito
Em choro, em riso desfeito.
Demorei decidir a partida
[Tantas as guerras vencidas
No improviso, na lida sem nome:
Mãos que se uniram na fome].
Violeiro, estou de passagem.
Trago lembranças de lume:
Demorei decidir a partida
Cortejando paixão severina.
Lou Vilela
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15 comentários:
[como se fora canção antiga, palavra nobre do muito Dom Quixote]
um imenso abraço, Lou
Leonardo B.
[como se fora canção antiga, palavra nobre do muito Dom Quixote]
um imenso abraço, Lou
Leonardo B.
Quisera eu ter acordes para embalar esta canção. Curvo-me respeitosamente à dama. Cheiro
fadomúsicado
navioladeira
uau, boníssimo. dos melhores que li aqui, moça. beijos.
Muito bom, Lou, dá vontade de cantar. Bj
E de passagem vaga o lume, as lembranças de lume onde vaga o vagalume. Um repente dos bons numa viola sonora. Eita vida severina...
beijos, Lou
bom final de semana.
De repente, a poesia se fez...
Lindíssimo poema, Lou!
Forte e, ainda assim , terno.
Parabéns!
Um abraço
Fiquei felicíssima ao encontrá-la entre meus seguidores! Uma honra para mim...
Obrigada!
Vim te visitar e degustar tua poesia e deixo um carinho em forma de pequenas rimas e que seja um fim de semana de obras-primas, beijos !!!
Curvas e canção
Violão de madeira, Dama inteira
Na saudade só tem felicidade
Uma lente grande angular
Onde faço meu som viajar
Punhado de terra e mar
À noite vaga-lumes a piscar
O amor no peito molhado
De tanto a Dama amar
De madrugada te acordo
Pois no violão as cordas
São vibrações dessa noite
De paixão
E nele canto você com rimas
Mal construídas é pobre minha
Severina
E agora estou de partida
Levo as curvas tuas na
Lembranças
E uma canção que sempre será
Tua
Ulisses Reis®
23/04/2010
A viola é sempre companheira do choro.
Beijo!
Adoro a cadência das quadras.
Leio com da sotaque nordestino minha mãe alagoana.
Abraços
Bela dança com as palavras...
de passagem... com as memórias na bagagem... se não é disso que somos feitos...
Beijinho, Lou!
Belíssimo, Lou!
Uma verdadeira canção num piscar de luzes-vaga-lumes.
Beijos
Mirse
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