sábado, 29 de maio de 2010

Além da razão

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Muitos me devotam fidelidade
ignoram a realidade
apagam os rastros (ex passos)
afugentam-se em meus braços.

Sou aquela linda donzela
incompreendida, bela
que eclode em desejos inconfessos
que vive em risos manifestos.

Não queiram a mim, controlar
dispo-me em qualquer lugar
sou arredia
não respeito hora, dia.

Meus amantes, com um brilho no olhar
penetram-me as entranhas a delirar
gozam com o falo na clausura
gemendo: - te amo, loucura!

Lou Vilela

* Publicado originalmente em dez/08. Na época estava lendo "Elogio da Loucura", de Erasmo de Rotterdam.
.

5 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Nem sei se quero ter razão, mas obstinada e loucamente - amar.


Esse poema inspira laudas.
bjos e bom final de semana.

Breve Leonardo disse...

[dia completo tem mais espelhos que o próprio jogo na casa de brinquedo]

um imenso abraço, Lou

Leonardo B.

nina rizzi disse...

é isso aí, lou, uma ode ao corpo que é meu e dele gasto o que quiser.

beijos.

Anônimo disse...

Uau!

Adorei.

Juan Moravagine Carneiro disse...

Realmente muito bom...

abraço