sábado, 6 de novembro de 2010

Em terra de alfenim

.

Ah! Esse menino
Quem dera uma vida assim
Pura, deleite, quimera?
Eu beijava seus “olhins”
Fina ternur'ânsia
Uma discrepância entre troncos
Contorcidos, cupins
Ah! Esse menino...

Fosse o vento meu sussurro
Correria vasto mundo
Faria ponte os segundos
Pra naufragar de amor
Em seus lábios de gemente
Coragem de água’rdente
Curtida precisamente
No suor de meu calor

Fosse o rio meu transporte
Pedra, apoio, consorte
Cachoeira, salto, porte
Pro seu coração estopim
Rezaria o terço inteiro
Todos os dias até o janeiro
Carpido, derradeiro
Em terra de alfenim.

Lou Vilela
.

8 comentários:

Anônimo disse...

Lou, querida, que poema mais lindo! Adorei o ritmo, a cadência dos e a harmonia dos versos. Puro sentimento!

Beijos e parabéns! :)

Unknown disse...

terra de rastro doce,


cheiro

Adriana Godoy disse...

Um poema doce e bem cadenciado. Gostei, Lou! beijo

carmen silvia presotto disse...

Concordo com a cadência de todos, este poema é quase canção, nos embriaga e a mim recorda Pessoa.

Um beijo Lou, sempre bom entrar aqui para te ler.

Carmen

Marcelino disse...

Rimas cheias, explosivas, bonitas.

Ana Echabe disse...

Tem chá verde com torta de limão e presente pra vc
Embrulhados com coração.
Bjinhos.

Marcello Lopes disse...

Uau.. adorei Lou...

Beijos

João Pedro Fagerlande disse...

belo poema

linguagem limpa, precisa

cortes bem feitos


esteje convidada:

http://jaquemerestaumpardedentes.blogspot.com/