quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Discurso da carne

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entre as pernas, o ópio
(insana paixão);
no corpo, lilases.

na cama, o silêncio:
ressaca, um molho
de chaves.

a trama arrebenta
[união sem placenta]
discurso da carne.




“Homicídios de mulheres fazem parte da realidade e do imaginário brasileiro há séculos, como mostra variada literatura [...]. Depois de trinta anos de feminismo, que impôs à sociedade o "quem ama não mata" como repulsa ao assassinato justificado pelo "matar por amor" e de consistentes mudanças na posição socioeconômica e nos valores relativos à relação homem x mulher, como explicar que crimes de gênero continuem a ocorrer?” (Blay, Eva Alterman. MULHER, MULHERES: Violência contra a mulher e políticas públicas.  SciELO  Brazil. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300006. Acesso em 31/01/11).

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2 comentários:

Ana Lucia Franco disse...

Oi Lou,

A violência à mulher sempre incomoda, sobretudo àquelas que conhecem o problema tão bem. As piores vítimas são as que se relacionam mal com o que têm entre as pernas. Afinal, a violência não vem só de fora, algumas se violentam a si.

Um abraço!

Lou Vilela disse...

Oi, Ana! É preciso romper com esse círculo vicioso! Que possamos estar alertas. O medo não é proteção!