.
entre as pernas, o ópio
(insana paixão);
no corpo, lilases.
na cama, o silêncio:
ressaca, um molho
de chaves.
a trama arrebenta
[união sem placenta]
discurso da carne.
“Homicídios de mulheres fazem parte da realidade e do imaginário brasileiro há séculos, como mostra variada literatura [...]. Depois de trinta anos de feminismo, que impôs à sociedade o "quem ama não mata" como repulsa ao assassinato justificado pelo "matar por amor" e de consistentes mudanças na posição socioeconômica e nos valores relativos à relação homem x mulher, como explicar que crimes de gênero continuem a ocorrer?” (Blay, Eva Alterman. MULHER, MULHERES: Violência contra a mulher e políticas públicas. SciELO Brazil. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300006. Acesso em 31/01/11).
.
2 comentários:
Oi Lou,
A violência à mulher sempre incomoda, sobretudo àquelas que conhecem o problema tão bem. As piores vítimas são as que se relacionam mal com o que têm entre as pernas. Afinal, a violência não vem só de fora, algumas se violentam a si.
Um abraço!
Oi, Ana! É preciso romper com esse círculo vicioso! Que possamos estar alertas. O medo não é proteção!
Postar um comentário