domingo, 13 de fevereiro de 2011

À procura da poesia

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Amontoei palavras.

Passado o tempo, a(r)risco:
Subtraio sentimento
Imprimo pretenso olhar universal.

Enceno melodia, conceito
(des)Construo, dantesco
Um ou outro ritual.

Sou isto, aquilo
Filho de cada
Loucura, exílio;

Ponto, partida, porrada
Soma, resto
Bosta, quase nada:

Palavras
Amontoadas palavras
Nada a mais.

Não, não tenho a chave.

Lou Vilela

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* Em intertextualidade ao poema “Procura da poesia”, de Carlos Drummond.

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10 comentários:

Rosa Ataíde disse...

Nossa Lou... Que lindo!
Bjs poéticos!

Adriana Godoy disse...

Lou, li os que não conhecia e esse(um show), parabéns por seu trabalho tão rico. Beijo

Unknown disse...

À procura de poesia? Poesia é isso que acabou de fazer. Um abraço.

Sândrio cândido. disse...

Belo.
beijos

Fátima Queiroz disse...

tô abestalhada... eu tenho a chave...
vc tá demais, xuxuuuu
eu tu e o druma é muito pra minha cabeça e eu que nada sei fazer, então...

bjs procê, amore

Carol disse...

Aí... como queria ter chaves!
rs


lindo!

Unknown disse...

Drummond provaria dessa salada verbal,


cheiro

Jorge Pimenta disse...

tutorial de como fazer poesia, mesmo que achando não haver chave... (ainda assim, com a certeza de que existe fechadura).
um beijo!

Marcantonio disse...

Uma poética da polivalência. Buscar palavras e poesia: coisa misteriosa.

Beijo.

Priscila disse...

poema porrada! muito bom.

http://blogdapriscilalopes.blogspot.com/