sexta-feira, 11 de março de 2011

Fluidez



Acordei com o sal da palavra.
Logo hoje, dia de deslembrar,
Invade-me traçado
Um corpoema.

Acordei com o sal da palavra.
Toda a metáfora liquefeita
Entre os vãos 
De minhas coxas,
Vontade de escorrer
Sem margens.

Lou Vilela
.

13 comentários:

Daniela Delias disse...

Nossa, Lu! Nossa Lu! Que coisa mais linda...bjos, desejo que esteja tudo bem contigo!

Lou Vilela disse...

Dani, está tudo bem, obrigada! Caso esteja se referindo à cirurgia, ficou para o dia 15. Tive a grata satisfação de saber que, salvo algum contratempo, retornarei no mesmo dia para casa. ;)

Beijos

Unknown disse...

o sal é rei/no poema, a transceder a/mares


cheiro

josé carolina disse...

"Acordei com o sal da palavra.
Logo hoje, dia de deslembrar,"

Vai me desculpar, mas isso é bonito demais. Iniciar assim um poema é como iniciar o dia.

Um abraço!

RICARDO disse...

Belíssimo!

Quintal de Om disse...

desacordei do salgado sonho
quando no leito do olhar
veio nascente de mar
temperando os sorriso de sal
secando os sonhos no varal
ao sol
ao sum
metamorfoseando
a cor de
acordes
e acordados

Abraços, flores e estrelas...

Úrsula Avner disse...

" o sal da palavra..." Pura poesia Lou ! Bj.

Anônimo disse...

sal da palavra... sal para a vida

Eder disse...

Palavras salgadas são um perigo para hiper.tensos! rs

Eder disse...

Palavras salgadas são um perigo para hiper.tensos! rs

Wania disse...

Lou

Há dias assim... de se liquefazer!



Bjs, amiga

Vais disse...

Ei, Lou,
querida, venho para te desejar tudo de bom, que o dia hoje seja lindo e de muitas comemorações, escorrendo sem margens, demais essa sua fluidez, e a imagem perfeita.
Feliz aniversário
Parabéns
beijos abraços e muitas delícias
hoje e sempre

Poétesse disse...

Simbiose perfeita entre a imagem e o jogo de palavras! Realmente, palavras sem sal existem mas nem sei para quê, o poema precisa sempre ser temperado! Um bjo