sexta-feira, 5 de abril de 2013

Linhas da metrópole - cena II

Imagem de arquivo pessoal


o cão aproveita tempo ameno
fecha os olhos, adormece
não se percebe sereno

o homem observa, tem a posse
do cão, do espaço, do 'close'
e almeja bem maior

passa o tempo, a cena não acomoda
o cão, impassível, sai -- levanta
toma água, fareja, morde a calma
lambe, resoluto, aquela cara

Lou Vilela

Um comentário:

Marcelino disse...

Que texto, hein? Fantástica a forma como nos leva pra essa mordida. Parabéns, poeta.