Imagem de arquivo pessoal
o cão aproveita tempo ameno
fecha os olhos, adormece
não se percebe sereno
o homem observa, tem a posse
do cão, do espaço, do 'close'
e almeja bem maior
passa o tempo, a cena não acomoda
o cão, impassível, sai -- levanta
toma água, fareja, morde a calma
lambe, resoluto, aquela cara
Lou Vilela
Um comentário:
Que texto, hein? Fantástica a forma como nos leva pra essa mordida. Parabéns, poeta.
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