quinta-feira, 30 de maio de 2013

Relógio

Louise Bourgeois


era quase hora
saberia do canto, da robustez do diafragma
do espaço ocupado por coisas inúteis
dos segredos de cofre
em dedos de ébano e marfim

era quase hora
a palidez tamanha
na possibilidade corpulenta de um sim

o relógio desgastaria a máscara
resistência

era quase hora

Lou Vilela

5 comentários:

António Eduardo Lico disse...

Bela poesia.

Unknown disse...

quase e tudo é por um triz


cheiro

Jorge Leandro Carneiro disse...

Se tem um sentimento que eu compreendo, é a expectativa.

Francys Oliva disse...

a intensidade de tuas palavras me fazem sempre refletir e a imagem que colocaste me fizeram respirar, mais profundo.
beijos tenha um belo final de semana.

RICARDO disse...

Maravilha Lou!