sábado, 23 de agosto de 2014

Os dias e as cores


amarela a cor que somei
desbota todos os dias

amarela a cor dos sonhos
dos dentes das farpas das fotografias

amarela o jornal quando exala o suor
das mesmas notícias

amarela o tempo, a têmpora muda
o carrasco que [a]trai e destrói

amarela o que não se aprende
o que não pulsa
o que aparentemente gira

Lou Vilela




5 comentários:

marlene edir severino disse...

Desvanece
por não pulsar.

Abraço, poeta!

Graça Pires disse...

Amarela tudo quando não se tem uma amiga assim, que dedica um poema a outra amiga que lhe quer bem...
Vou guardá-lo, Lou. Adorei. Bem haja.
Um beijo

Thuan Carvalho disse...

amarela é a cor dessa lira!

excelente. mesmo.

Breve Leonardo disse...


[como engaste no vagar do tampo

a cor que o verso toma,
devagar.]

um imenso abraço, Lou

bL

Mar Arável disse...

Eu penso azul