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quinta-feira, 31 de março de 2011

O bonde

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O último bonde, Sandra Nunes




O tempo impreciso, necessário
Anda às voltas – turbilhão;

Deixa rastro de estrelas
Todas idas nalgum bonde
Caleidoscópica estação.

As cidades iluminadas
Mais parecem lá do alto
Liturgia, profissão;

Arrebentam todo dia
Os que acordam em romaria:
Bando de arribação.

Ecoam pelo sagrado
Medos, martírios, brinquedos
Marionetes de colisão:

Há na fugacidade
Uma gente dissonante
Passos simples, claudicantes
Que se vinca em contramão.

Lou Vilela



* Ainda estão tentando me consertar, por isso a ausência. ;-) Um forte abraço a todos!

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