sábado, 18 de setembro de 2010

Poema inter.rompido

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O tempo, cova de espantos;
as gentes, braseiros de saudades...

Lou Vilela




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domingo, 12 de setembro de 2010

Mais um dia de Maria...

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          De hoje até a próxima terça-feira estou no Maria Clara: simplesmente poesia com o conto "Nudez indesejada". Para dar uma espiadinha, é só clicar aqui.

Abraços,
Lou

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sábado, 11 de setembro de 2010

Feminina e plural


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terça-feira, 7 de setembro de 2010

O mar e a língua

Clique na imagem para ampliar. 
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domingo, 5 de setembro de 2010

A fome de cada um

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Quem desejar conhecer um pouco mais sobre o trabalho do 
artista plástico Victor Ângelo, é só clicar aqui.



A fome que nos rege
Alimentada de lombrigas
Escoa pelos vasos
Da sociedade gastronômica

Fezes, ratos, outros grilos
Entopem esgotos
Que transbordam
Aos bramidos

Nos púlpitos, súplicas se alastram
Nas públicas, ações se arrastam
Nos púbicos, alguns gozam
[Enquanto p(h)odem,
Outros sangram


Lou Vilela

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sábado, 4 de setembro de 2010

Maresia

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Praia de Calhetas, Cabo de Santo Agostinho - PE; por Lou Vilela.




Tua sede represada
Inunda-me sal(dades)
Saliva de (a)mar
Profundo

Lou Vilela




Caríssimos(as), 

Por motivo de força maior, continuo sem conseguir dispensar a todos a atenção que merecem. Mais uma vez, aproveito a oportunidade para me desculpar e agradecer imensamente pelo carinho recebido.

Beijos saudosos,
Lou

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Comprando briga

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Não quero obrigação sentido for
Nem esparramar olhar profundo
Se um dia porventura me perder
De versos que intento, sitibundos.

Comprar briga a granel
Desmantelar os inimigos
Manipulando um broquel
Arrematado de ungidos.

Alardear algum valor
Arregaçado para briga
Fazer tempo vida em flor
Poetar todas as línguas.

Empunhar arma fina
Silenciar cada babel
Aprumar a pontaria
Disparadora de cordel.

Lou Vilela

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domingo, 29 de agosto de 2010

Dos vícios


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Quero as palavras
Angustiosamente cometê-las

Ao final, comê-las
[Vê-las gozar]

Não me faço de rogada



Lou Vilela

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bula de um poeta

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Escreverei preto 
Quando luta ou dor. 
 
Escreverei branco 
Quando ausência de cor.
 
Escreverei...
 Tantos quantos – se for. 
 
[Palavra (mal)dita!]
 
 Serei pássaro, metáfora 
Resíduo que se alastra 
Braseiro, fumaça... 
 
Grito, murmúrio 
[Fundo, raso 
Claro, escuro...] 
 
Mais: o que silencia. 
 
Serei. 
 
 
Lou Vilela

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Embrulhado em papel de pão

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Tomei um porre na esquina
Daquele que entroncha o sujeito
Senti o ar rarefeito
Formigamento na mão
Fiz uns versos, umas rimas
Esvaziei o segredo
Trancafiado no peito
Cuspido em papel de pão

Empolgado, dei vexame
Subi no banco da praça
Declamei com água nos olhos
Pra quem só fazia achar graça
Aqueles versos na mão
O papel todo amassado
Ali desvendava o mistério
Eu, homem sério
Trôpego de paixão

Quem não conhece essa flor
Desdenha de minha dor
Oferece remédio
Mulher cheirosa, fogosa
Que geme o nome da gente
Mas minha paixão renitente
Prefere ranger o dente
Cuspir em papel de pão

Quem sabe um dia ela ouça
Meus versos, minha prece
Sorrindo, logo se apresse
Cuspa em papel de pão
Um bilhete mais que sentido
Dizendo que de ouvido
Soube de minha paixão
E aceita casar comigo

Lou Vilela
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Poema inédito para miúdos, aqui. De hoje até a próxima terça, também estou no Maria clara: simplesmente poesia. O poema não é inédito, mas quem quiser reler é só clicar aqui.

Um grande abraço a todos!


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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Rijo entarde.ser

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O manto já não cobre, interroga
[perfura olhos, pulula sentidos]

: corre-se risco de presa.


Lou Vilela




* Caso queiram conhecer mais do trabalho de Rosângela Soares, é só clicar aqui.



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ARRANHA-CÉUS

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Clique na imagem para ampliar.


* Postado originalmente em  02/08/09.
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terça-feira, 3 de agosto de 2010

fluxopoema

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quando a mão (des)governa

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Quis escrever sobre paixões
dissecá-las

: perfume volátil
tumulto dos ventos
vida morte
[insensatez].

Precisou imagem angustiosa
na retina: de ousar.
Era uma vez...


Lou Vilela


* Mais uma chamada para o lançamento do livro Maria Clara: uniVersos femininos! ;) Quem ainda não viu, é só clicar aqui.

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fresta


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Para Tonho Oliveira, do blog 'pô ética'.
Em intertextualidade aos poemas da série "Fresta".




Imagens gentilmente cedidas pelo poeta e artista Tonho Oliveira.



facho de luz renitente
[viés e dente].

falo do que incendeia
do que não acomoda
[viés e mente].

falo das verdades
[absolutas?]
filhas da puta.

se no pé, calo!
[com ou sem rima].

Lou Vilela


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À flor do fruto

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Macio o cheiro do fruto
que a mão concebe
poesia
[invasão e vício].

Fruto de textura eriçada
polpa carnuda
de lembrar
seios e ventre.

Fruto que se agita
renova sabores
semeia agonia.

Lou Vilela


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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lançamento(s): "Maria Clara - uniVersos femininos"

 

Por HercíliaFernandes


Após meses de elaboração e cuidadosa dedicação, a obra “Maria Clara – uniVersos femininos” - coletânea composta por “12 poetisas” de várias localidades do Brasil  que expandem, em capítulos individuais, iluminuras poéticas capazes de fundar, parafraseando Adélia Prado, reinos e linguagens -, será oficialmente lançada durante a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no estande da LivroPronto Editora, no período de 12 a 22 de agosto do ano corrente; conforme ilustra apresentação in folder:



Além do lançamento nacional na cidade paulistana, serão realizadas várias apreciações regionais da obra, coordenadas pelas autoras. Na cidade de Belo Horizonte-MG, o lançamento dar-se-á durante o mês de setembro, com data e local a confirmar, e pretende reunir os múltiplos "uniVersos femininos" que compõem a coletânea.
Em Caicó-RN – terra natal da poeta, professora e organizadora do livro Hercília Fernandes – acontecerá, nesta próxima sexta-feira (30 de julho), durante as comemorações alusivas à Festa de Sant’Ana, uma noite de pré-lançamento da obra Maria Clara–uniVersos femininos .
O evento realizar-se-á às 20h30min, na Casa de Cultura Popular - antigo casarão que agrega os valores das artes potiguares -, e contará com a presença da prefaciadora da coletânea, a profª. Drª. em Literatura Comparada Ana Santana Souza de Fontes Pereira; além de várias personalidades norteriograndenses que contribuirão para exposição/apreciação da obra.
Os que estiverem visitando Caicó, durante os festejos de Sant’Ana, sintam-se convidados a participar do cerimonial de lançamento:

........................................................ Atenciosamente,
Hercília Fernandes

(Poetisa, Professora e Doutoranda em Educação, UFCG / UFRN)

domingo, 25 de julho de 2010

Giz e carvão

 Arte sobre fotografia by Lou Vilela. Clique na imagem para ampliar.
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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mais um dia de Maria...

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Republiquei uma série de poemas visuais no Maria Clara: simplesmente poesia. É só clicar aqui para acessar.

Aproveito a oportunidade para informar que estarei ausente no período de 20 a 23/07. Até a volta!

Beijos em todos,
Lou
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sábado, 17 de julho de 2010

Metamorfose



Bruno Lopes - Libertação e ilusão, esferográfica sobre papel


A madrugada pariu bichos e uivos.

Pelas frestas, via-se a timidez da luz
contracenando com opulente sombra
: três metros de projeção e indecisão.

Salvava-lhe os olhos, verdes, a quase
perdida esperança de um corpo
alienígena em adaptação.

Lou Vilela


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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Autoescultura

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Rompeste o trato, partiste
Refiz-me em pedra-sabão
Ressignifiquei ausências.


Lou Vilela


* Prestei uma singela homenagem à querida poetisa Talita Prates. Para ler, é só clicar aqui: Entre.mentes.  

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Assim como um peixe

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Atrito a pena na língua,
escamo silêncios de metáforas.
Sigo, boca aberta.

Lou Vilela

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pragmatismo

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Cuspo
[demora a secar]
passos sem recuo,
entarde_ser.

Lá, retenho o pote: olhar
que nem a fome é capaz
de comer.


Lou Vilela



* A querida poetisa Dade Amorim guardou-me em seu relicário. Clique aqui para se encantar com o seu “Inscrições”.

Dade, registro o meu agradecimento e a minha admiração por tão belo gesto. ;)

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Constatação

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quando olhos emitem uivos
banhados em luz prateada
quando a pena emudece
diante de folhas amassadas
é chegada a hora da pele
Lou Vilela
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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sobre orgias e monas

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Olá, meus caros! Ando um pouco ausente e sem conseguir atualizar a leitura dos blogs que acompanho, ou seja, com muita saudade. ;) Quando dá,  atualizo os blogs que edito e/ou participo, assim, ontem reeditei o conto Orgia, publicado originalmente em 2008. Quem quiser dar uma olhada, é só clicar aqui

Um grande abraço,
Lou

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