Gustave Doré - A Divina Comédia
Chega o dia em que se percebe que não há pausas.
- Como tratar as feridas?
- Como tratar as feridas?
O mundo é um rolo compressor.
- É preciso agilidade para não ser esmagado.
E tudo tem um preço.
Os medos crescem:
lida-se com a violência, com a intolerância, com o desamor;
o sumo da bestialidade, a fera de cada um.
Os bolsos vão-se esvaziando.
Sim, há um preço [e um risco].
Com_tudo há também o arco, a flecha [o impulso]
e quintanares de possibilidades
além do excremento humano.
Lou Vilela
.
9 comentários:
Lou,
ótima constatação!
Viver é realmente muito perigoso!
Mas há os alentos: a poesia, por exemplo, nos permite ser lúdicos sempre.
Forte abraço!
Há Quintanares em possíveis idades sempre às mãos que escrevem e amam...
Um beio grande, sempre carinho e desejo de bom final de semana.
Carmen.
Gosto sempre de estar por aqui. Defino medos, acalmo dores, sorrio até...
Ana Ribeiro
ótimo
texto para uma tarde de sábado.
belo!
Maravilhoso! Forte, denso, profundo!
estamos mesmo na lama Lou. me faz lembrar o nosso Josué de Castro, no livro Homens e Caranguejos contando a história dos corpos dialeticamente construídos e destruídos no caldo lamacento dos manguezais...
belíssimo texto!
beijo.
Lou
Excrementos a parte, viver é uma incógnita de possibilidades...
Muito bom!
Abraços
Ricardo
Riscos, perdas, impulsos – taí a vida neste mundo.
Beijo pra você, Lou.
Lou,
Quintanares de possibilidades: até
Drummond as quereria, sem sombra de nenhuma nuvem...
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
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