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O último bonde, Sandra Nunes
O tempo impreciso, necessário
Anda às voltas – turbilhão;
Deixa rastro de estrelas
Todas idas nalgum bonde
Caleidoscópica estação.
As cidades iluminadas
Mais parecem lá do alto
Liturgia, profissão;
Arrebentam todo dia
Os que acordam em romaria:
Bando de arribação.
Ecoam pelo sagrado
Medos, martírios, brinquedos
Marionetes de colisão:
Há na fugacidade
Uma gente dissonante
Passos simples, claudicantes
Que se vinca em contramão.
Lou Vilela
* Ainda estão tentando me consertar, por isso a ausência. ;-) Um forte abraço a todos!
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9 comentários:
"o bonde passa cheio pernas, pernas brancas, pretas, amarelas, pra que tanta perna meu deus, pergunta o meu coração, porém meus olhos não perguntam nada"
Drummond
cheiro e boa recuperação
Vou nesse viajar constante
sobre os trilhos do tempo
sem chegar a um lugar
comum.
Meu beijo, Lou.
Ande na linha, Lou! Fique bem...
saudade do bonde e sua bondade........
trilhos em estrilho. só nas paralelas se consegue a a-simetria.
beijinho, lou!
No verso 8: Profissão ou Procissão?
Lou,coloquei-me dentro de sua poesia e senti como se minha alma encostasse no ceu.Muito lindo seu poema.Parabéns pela bela postagem.Um grande abraço!
SEMPRE BOM VIAJAR POR AQUI...
;))
BJO
E vamos zigue-zaguendo os passos pelos caminho da Vida...te leio, e sinto um tempo engolido, recheado de memórias, percebo o quanto é importante a cada tanto frearmos os vagões para encontrar amigos, ler, trocar e seguir...
Beijos, Lou!
Carmen.
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