Para Graça Pires
amarela a cor que somei
desbota todos os dias
amarela a cor dos sonhos
dos dentes das farpas das fotografias
amarela o jornal quando exala o suor
das mesmas notícias
amarela o tempo, a têmpora muda
o carrasco que [a]trai e destrói
amarela o que não se aprende
o que não pulsa
o que aparentemente gira
Lou Vilela