segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Urgência de viver


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Gostaria de aquietar-me um pouco...
Contemplar, refletir, extrair
de mim o melhor, ou o pior;
da vida, o que ela oferece;
do outro, suas possibilidades.
Às vezes, falta-me tempo:
a vida corre para acabar

- sina urbana.
Na urgência de viver
anestesio olhos e ouvidos,
os que alimentam minh’alma!
Com a boca cheia,
a alma vazia
vaga...
ou melhor, corre.
Esquece-se de si, da vida, do outro...
necessita sofregamente
chegar a lugar algum.



Lou Vilela

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Um comentário:

Sél disse...

Como gostei dessa poesia!
Retrato fiel das convivências, conveniências..
e a vida passa com todos vazios por dentro..
amei!
corre-se tanto mas atrás de nem se sabe o que!
Parabéns!!!!!