Arte: Índigo by Lou Vilela
Azul
(Lou Vilela)
Essa língua
convoca-me passo
além
do siso
: um desmantelo azul.
SONETO DO DESMANTELO AZUL
(Carlos Pena Filho)
Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
4 comentários:
dá até vontade de ser azul também...
[semente de azul,
azul presente,
poema.]
um imenso abraço, Lou
Leonardo B.
Lindo se ver assim
azul, nascendo
ao sul
em desmantelo.
bjs
E perdidos no azul...
Maravilhosamente poetico...
Bjins
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