O toque do Midas posteres by Peter Sharpe
Portanto, na vida assim refaço-me:
escrevo sob as brumas o meu cansaço,
alinho pensamento aos braços meus,
há dias de olvido - sabe Deus!
As mãos que ora(m) se enlaçam
traduzem, à Midas, os percalços,
poiesis em laudas – sol maior,
matéria transformada em rigor:
Cheiro de cancro vira pó,
reluz no mar a areia fina
de tantos, compõe-se uma mina.
Paciente, amparo-me no infinito.
Daí o meu jogo preferido:
poetizar o que me afoga.
Lou Vilela
* "Dizem que Midas, ao se abaixar para colher a água na margem do rio, tocou na areia com as mãos e que, por isso, ainda hoje, o rio Pactolo corre por sobre um leito de areias douradas." Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Midas>. Acesso em 05 de jul. 2012.
9 comentários:
E que lindo poetizar! abraços
Minhas mãos aplaudem.
Beijinhos carinhosos
Gosto de apreciar as suas palavras.
bjs
poetizar o que afoga para emergir a poesia imanente (reluzente?) da vida...
bela midas!
Muito interessante o Blog !
Embora tenha visto rapidamente, gostei bastante e te convido para conhecer, seguir... meu espaço:
http://www.bolgdoano.blogspot.com.br/
Muito Obrigada, desde já !
Conheço teus poemas de tempos atrás quando eu tinha outro blog e continuas por aqui com uma poesia requintada de imagens e metáforas.
Um carinhoso abraço
Olá Amiga!
Te descobri através do meu amigo Assis Freitas. Entrei e adorei já o que li.
Vai até o meu: http://minhaalmaempoemas.blogspot.pt/
Beijão e por lá te espero!
Lou, o blog ficou lindo,
amei.
bjs
Lindo demais fiquei encantada e passei a seguir o seu Blog!
Um grande abraço!
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