.
presto uma singela homenagem
aos amigos poetas.
na boca, sempre algo mais:
a língua que se lhe dis.puta
vogal ressonante ou parasita
propõe, invoca, catalisa
poesia até quando não dita.
aquele que à palavra jaz
en.verga, língua o seu caos;
singra à pele: sua assaz.sina.
formou-se mosca augural,
lambedor de cascas des.feridas.
Lou Vilela
.
13 comentários:
Sua poesia sempre dizendo algo mais, sempre enriquecendo nossa língua.
Parabéns, Lou!
Beijo.
Metalinguagem!Só um PUTA Q PARIU para descrever o impacto que tua poesia me causou.
ROD
mal-ditas e/ou ben-ditas, jogo bom de palavras.
Poesia sobre a lingua, com uma linguagem ímpar.
Linda!
"Organizar um caos eis a criação"
Apollinaire
Língua em vulcão. Estilo Lou!
Maravilhoso!
Beijos
Mirse
E nesse construir-desconstruir da palavra a poesia toma dimensões inusitadas e um sabor essencialmnte exótico ao se ler...
Inaugurando minha admiração por teus escritos,
Liene
Magnifico, Lambedor, muito lindo usar palavras diferentes de amor, gostei muito, bjs e abraços !!!
Que maravilha de jogos de palavras, sempre encostados a um uso dos termos marcado pela elegância e pela harmonia.
Até quando não dita, a palavra fascina pela pausa. O espaço vazio preenche o ofício e tudo fica prenhe. A tua poesia incita. Cheiro
lou,
que bom que vc gostou- e que minha "lingua" lhe inspirou a escrever este poema tão visceral- lingua aqui como expressão emocionaal e física- lingua- que lambe palavras e corpos, que beija, que fascina- a palavra e ao corpo entremeados-
grande abraço do
danilo.
lou,
"na boca sempre algo mais"
o dom da palavra o som
das muralhas que se dobram
ao poder da voz:
a língua, o toque, o torque
no corpo, o sabor acre e doce
o lírico lírio
a verter vertigens
em pupilas e púbis:
a língua
iridescente poema
indecente
a desenhar desejos
pressentidos
nas madrugadas insones.
Pô! Essa não dá nem pra comentar.
É só dizer: DEMAIS!
E fecha a conta.
Bitokitas de luz recheadinha de poesia procê.
Postar um comentário