as casas são iguais
: nada dizem.
Sem alma
as casas alimentam
as ruínas do tempo.
Até os fantasmas se mudam
quando não há espanto!
Lou Vilela
Pulsa o ventre, caem os véus, desnuda-se em poesia.
mergulhar os pés
de mansinho
tocar a alma
não desisitr
chover o mundo
Lou Vilela
* 📷 arquivo pessoal
.
À Tarcimá, em memória
Na casa havia aquela presença ilustre
referência e elo com o passado
de histórias e lutas
Na casa há o respeito e as lembranças
de uma mulher que desconheceu
a própria força e seus milagres
Lou Vilela
À Alaide, em memória
tínhamos em comum o amor
pelas crias, plantas e tais
ainda ouvi seus pesares pelo maio
que me ceifou uma flor
mal sabia que seriam duas
Lou Vilela
aqui, a poesia possivel
tem aromas, sabores, texturas, especiarias
assim alimentam-se as horas
escapo de ser devorada
Lou Vilela
existe o silêncio, a tristeza, uma ausência
a resistência, o não entender
as mãos em prece
para sorrir
Lou Vilela
À Rose, em seu aniversário
como elos e corrente
selamos no amor
toda uma existência
para não nos perder
para ungir recomeços
para inaugurar primaveras.
Lou Vilela