plástico bolha
NUDEZ POÉTICA
Pulsa o ventre, caem os véus, desnuda-se em poesia.
sexta-feira, 2 de agosto de 2024
Um tempo novo
plástico bolha
domingo, 24 de março de 2024
Casas
as casas são iguais
: nada dizem.
Sem alma
as casas alimentam
as ruínas do tempo.
Até os fantasmas se mudam
quando não há espanto!
Lou Vilela
terça-feira, 19 de março de 2024
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
Ciclo das águas
mergulhar os pés
de mansinho
tocar a alma
não desisitr
chover o mundo
Lou Vilela
* 📷 arquivo pessoal
.
sexta-feira, 18 de junho de 2021
terça-feira, 15 de junho de 2021
Mergulho
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
A casa somos nós
À Tarcimá, em memória
Na casa havia aquela presença ilustre
referência e elo com o passado
de histórias e lutas
Na casa há o respeito e as lembranças
de uma mulher que desconheceu
a própria força e seus milagres
Lou Vilela
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Jardins
À Alaide, em memória
tínhamos em comum o amor
pelas crias, plantas e tais
ainda ouvi seus pesares pelo maio
que me ceifou uma flor
mal sabia que seriam duas
Lou Vilela
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Alquimia
aqui, a poesia possivel
tem aromas, sabores, texturas, especiarias
assim alimentam-se as horas
escapo de ser devorada
Lou Vilela
domingo, 4 de outubro de 2020
A_Deus
existe o silêncio, a tristeza, uma ausência
a resistência, o não entender
as mãos em prece
para sorrir
Lou Vilela
sábado, 3 de outubro de 2020
Ela
À Rose, em seu aniversário
como elos e corrente
selamos no amor
toda uma existência
para não nos perder
para ungir recomeços
para inaugurar primaveras.
Lou Vilela
domingo, 3 de novembro de 2019
sábado, 2 de novembro de 2019
Desmesura
sabor, arrepio
um belo tacho de bronze
azeitado
flor de sal
uma mão nem sempre apta
Lou Vilela
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Lúdico
fez comidinhas
construiu, montou casinhas
advogou suas questões
[se] convenceu
presidiu
mandou a discriminação às favas
Lou Vilela
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
quarta-feira, 27 de março de 2019
Agulhas e linhas
toda ferida doía
quando ousava remendá-la
mas era o jeito possível
de sobreviver
Lou Vilela
quarta-feira, 6 de março de 2019
Vidas que insistem
frágeis construções da alma
são tantos os abismos
[im]possíveis
alguns silêncios de algibeira
a flacidez moldável
da ética e da moral
a fome e o prato social
famílias empanadas
empenados horizontes
perdidos, achados
laudas sem fim
mas sempre há um ponto
onde o ar é mansuetude
e a pausa permite-se
Lou Vilela
segunda-feira, 4 de março de 2019
Femininas e plurais
mas ando de mãos dadas
com seus medos e anseios
o que nos torna íntimas
não a conheço
mas provo do descrédito, da violência
das ausências, dos porões
o que nos torna vítimas
não a conheço
mas assim como você
sou confrontada todos os dias
e jogo o jogo de equilibrar
o sangue entre as pernas
Lou Vilela
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
Trabalho delicado
semeava flores e alma
em terreno arenoso
às vezes brotava
Lou Vilela
terça-feira, 12 de junho de 2018
Antropofágica
capacidade de comer
na carne
poesia inteira
e, pasmem
gozar
Lou Vilela
sexta-feira, 23 de março de 2018
Esquecimento
viva, toda a sorte de uma casa
Lou Vilela
segunda-feira, 19 de março de 2018
Manas
o cenário é árido
os medos, escaldantes?
_ sororidade
em tese
todas as sedes estão representadas
:
necessário desfazer os nós
das renúncias, da exclusão
da ignorância compulsória
da violência, da posse
do preconceito...
costurar o autoamor
numa clave de sol
Lou Vilela
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
onde há
o líquido que umedece sua bússola
Lou Vilela
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Esboço
as buganvílias esboçam sem mesuras
signos de amores estrelados
constelações de presentes passados
enquanto flor
Lou Vilela
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Rubro
Farpados,
silêncios não coagulam
: lambem minhas pernas
seus rastros.
Lou Vilela
* poema para o 195º Desafio Poético com Imagens - IV Ano, proposto pela querida Tânia Regina Contreiras.
Arte: Kyle Thompson